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  • Foto do escritorLidia Ferreira

Violência Doméstica - Quando Vidas São Destruídas.


A violência doméstica contra mulheres da comunidade brasileira que vive no exterior, apresenta um número crescente semelhante aos dados apresentados contra as vítimas no território brasileiro. Não é possível ainda saber os reais motivos para esse aumento, se é devido ao aumento das campanhas ou das ações de combate a violência contra a mulher.

É importante que esse tema faça parte das conversas não só entre as pessoas do seu relacionamento, mas também nas igrejas, escolas, entre os adolescentes, além das organizações comunitárias, sempre com o #apoio dos órgãos do governo e de profissionais.


De forma simples e direta o que é a violência doméstica?

A violência doméstica é manifestada entre relacionamentos: amorosos ou familiares. Está caracterizada por o uso de comportamento contra a vítima com o objetivo de obter #controle e #domínio. Qualquer pessoa pode ser vítima da violência doméstica em qualquer fase da vida. A maioria das vítimas da violência doméstica é do sexo feminino.


Tipos da violência doméstica.


Física - qualquer forma do uso de força física como por exemplo: puxar o cabelo, apertar partes do corpo, empurrões, chutes, beliscões, tapas, socos, surras, o uso de objetos contra a vítima, estrangular, obrigar o uso de medicamentos ou drogas, etc...


Emocional - qualquer comportamento que possa fazer com que a vítima acredite que: não merece ser feliz, que não é nada sem ele, além de: receber ameaças contra os filhos, sofrer #humilhações na frente de outras pessoas, Quando a vítima não se “comporta” como esperado, sofre punição diversas como forma de levar a pessoa se sentir culpada. Reverte facilmente os erros fazendo com que vítima acredite que está “imaginando” coisas. Persegue a vítima usando ameaças para constranger a própria. Cria situações no local de trabalho com a intenção de colocar o emprego em risco.

etc...


Social - o controle que envolve o relacionamento com outras pessoas, assim como: crítica ou impede de ter contato com amigos e parentes. Usa o argumento de que certas pessoas são nocivas a vítima ou ao relacionamento do casal. Controla chamadas telefônicas e mensagens nas redes sociais, obrigando a apresentar todas as senhas. Rastrear cada passo da vítima usando a desculpa de que só tem a intenção de proteger. Fica irritado quando não atende uma chamada ou responder imediatamente as mensagens de texto. Impede que a vítima continue participando do ambiente religioso ou obriga a se vestir e se comportar dentro de determinados padrões pré-estabelecido pelo o próprio abusador.


Sexual - obriga a praticar atos sexuais contra a vontade da #vítima. Não permite o uso de métodos contraceptivo. Usa o sexo como uma arma para dominar ou controlar a vítima. Culpa a vítima de ser responsável por ser infiel, já que não “cumpre” com as obrigações ou não corresponde os desejos.


Financeira - qualquer ação com a intenção de controlar as finanças da vítima. O abuso financeiro pode se caracterizar de forma a controlar: o salário, as contas no banco, todos os gastos (todas as compras devem passar pela a “aprovação”). Ameaça a retirar os recursos financeiros ou obriga a vítima a não contribuir com o sustento dos dependentes. Usa do dinheiro da vítima sem autorização para uso próprio.


Patrimonial - muito parecida com a violência financeira, a violência patrimonial envolve o abuso ou dano aos bens da vítima. Exemplo: desfazer dos pertences da vítima sem consentimento, vende ou falsificar documentos com a intenção de tomar patrimônios, assim como: carro, casa, herança.


O Ciclo da Violencia Doméstica.


A violência doméstica se apresenta quase sempre da mesma forma através de um sistema circular que se divide em três fases. Para que possamos entender como esse ciclo acontece precisamos conhecer cada fase.


Fase 1 - Aumento de tensão - constantes conflitos que vao se agravando a cada dia. A clima hostil e inseguro domina o ambiente. A vítima percebe o perigo eminente principalmente que quando as agressões verbais e ameaças ficam mais intensas.


Fase 2 - Explosão da violência - o agressor usa do “descontrole” para atacar a vítima, podendo ser verbalmente, fisicamente ou psicologicamente. Mesmo que esse ataque aconteça apenas um vez, a tensão se torna o risco máximo para a segurança não só contra a vítima mais também contra todos os envolvidos diretamente com o abusador. É durante essa fase que infelizmente muitas mulheres perdem a vida.


Fase 3 - Lua-de-mel - Após o “término” da fase da explosão, o agressor entra em um estado de “arrependimento”. É durante essa fase que o pedido de #perdão e as promessas de mudança de comportamento acontecem. Às vítimas recebem flores enquanto ainda estão confusas e machucadas. Os então agressor então se torna amoroso, atencioso e romântico. Muitas das vezes as feridas da alma nem mesmo cicatrizaram quando o ciclo recomeça, voltando a fase 1.


Como identificar quando alguém está vivendo um relacionamento abusivo.


No livro Superando Um Passado Violento de minha autoria, faço sugestão para que o leitor responda algumas perguntas com o objetivo de identificar os sinais de abuso. Responda as perguntas no final desse texto.


Como Se Proteger da Violencia Doméstica


O primeiro passo para superar a violência doméstica é sair do domínio do #agressor. Sem o conhecimento, tanto sobre a violência como dos direitos e formas de apoio a vítima, sair de um relacionamento abusivo se torna muito difícil. Cada pessoa possui características próprias assim como experiências de vida que pode determinar o momento de dar o fim ao relacionamento abusivo. Estudos afirmam que existem 72 motivos pelo os quais a vítima apresenta dificuldade para tomar a decisão que leve ao fim do relacionamento. É fundamental que pessoas que convivem com alguém está sofrendo abuso ofereça apoio, porém jamais faça crítica é principalmente faça comentários que provoque o aumento do sentimento de culpa ou desconfiança.


Para se #proteger da #violênciadoméstica é importante estar constantemente atenta aos sinais de abuso da parte do abusador. Além disso, ter conhecimento; não só dos direitos mas também das organizações que oferecem apoio legal e psicológico às vítimas. No entanto é fundamental que o tema sobre a prevenção da violência contra mulher deve fazer parte dos diálogos entre os filhos e filhas, amigas e em todos os ambientes ao qual participamos.


Não podemos esquecer que a denúncia pode salvar vidas. Se você desconfia ou sabe que a vida de alguém está sofrendo abusos graves, #DENUNCIE. Se você desconfia que é vítima da violência doméstica, DENUNCIE. Se você vive com medo de ser a “próxima vítima”, DENUNCIE. Vamos contribuir para evitar que assim como o caso da #Nathalia, outras vidas venham a ser destruídas.

Para maiores informações ou para orientação ligue para o número 180 (Brasil) ou entre em contato com alguma organização que oferece apoio e assistência para as vítimas da violência doméstica.


Em caso de risco imediato ligue para 911 (Estados Unidos)


Questionário


Ao responder as perguntas abaixo avalie o seu #relacionamento. Não existe resposta certa ou errada, o importante é poder identificar alguns sinais de alerta de comportamento mais comuns dentro de um relacionamento abusivo.


Parte 1

Responda falso ou verdadeiro.


1 - Eu tenho muito receio de desagradar ou desapontar o meu parceiro(a) ou até mesmo um membro da minha #família.

2 - Sou constantemente cobrada por explicar o que eu fiz durante o dia.

3 - Ele me cerca de carinho mesmo quando eu tive um dia difícil no trabalho.

4 - Sinto que não capaz de tomar decisões sozinha pois posso ser criticada pelo o meu parceiro mesmo que eu seja bem sucedida.

5 - Vivo em estado de alerta quase tempo todo pois tenho medo de não agradar o meu parceiro(a)

6 - Junto aos meus relacionamentos sociais sinto-me a vontade para ser quem eu sou sem ter receio de ser criticada ou punida.

7 - Meu companheiro demonstra de orgulho das minhas conquistas

8 - Se eu preciso comprar algo que está fora do orçamento eu preciso de autorização do meu parceiro.

9 - Infelizmente eu já fui #forçada a ter relação sexual de forma ou na hora que eu não queria.

10 - Eu já fui #agredidas com palavras e até já recebi ameaças, mas ele jamais me bateu.


Parte 2

a. Para cada pergunta abaixo e responda: nunca, as vezes, quase sempre

b. Ele já levantou a mão para mim.

c. Tenho medo de dizer “não”.

d. Me sinto respeitada por ele.

e. Tenho total confiança que estou segura ao lado do meu #parceiro

f. Ele me obriga a fazer o que eu não desejo

g. Tenho dificuldade de escolher para onde eu desejo ir.

h. Fui humilhada na frente de amigos.

i. A relação sexual se tornou um momento de tortura e ele não se importa com isso.

j. Quando tento conversar sobre minhas necessidades ele demonstra ignorar

l. Mantenho contato com os meus familiares e amigos sem problema.

m. Ele faz cenas de #ciúmes e ainda me culpa por isso.

n. Já tive vontade de conversar com alguém da minha confiança sobre o que estou sofrendo no meu relacionamento mais tenho vergonha.

o. Me sinto culpada pelo os problemas do meu relacionamento amoroso.

p. Ele usa de palavrões para falar comigo e se reclamo as coisas pioram

q. Tenho medo das reações dele caso eu insista em manter um opinião contrária a dele.

r. Ele diz que eu não sou nada sem ele.

s. Meus filhos demonstram que se sentem ameaçados pela a presença do meu parceiro.

t. Ele diz que eu não sei do que ele é capaz com o tom ameaçador.

u. Vivo ansiosa preocupada com a minha segurança

v. Ele destroi os meus pertences.

x. Quando brigamos meu companheiro quebra objetos enquanto grita comigo.

z. Ele usa de força física contra mim

aa. Eu sou forçada a devolver algo que comprei mesmo sabendo que tinha condições porque ele não aprovou.

b1. Eu tenho pavor só de imaginar que alguém descubra que ele já me #agrediu.

c1. Já pensei em escapar desse relacionamento porque temo pela a minha vida.


Avaliação das respostas


Parte 1 - Caso você tenha respondido verdadeiro para mais de 4 perguntas - os sinais de alerta podem indicar que você está vivendo um relacionamento abusivo. Procure conversar com alguém da sua confiança para receber #apoio e orientação.


Caso você tenha respondido verdadeiro para 6 ou mais perguntas - Você deve buscar ajuda imediatamente, pois você pode estar correndo sérios riscos.


Parte 2 - Se você respondeu “quase sempre” para a maioria das perguntas você deve receber apoio de alguém especializado. Adiar essa decisão pode levar a você entrar em um caminho sem volta. É necessário buscar apoio e orientação o quanto antes. Procure conversar com o seu clínico geral, ginecologista, líder religioso e crie um plano de ação para que você possa receber toda assistência necessária para sair do domínio do seu abusador.

Lembre-se que a vítima da violência doméstica sempre necessita de apoio e jamais faça críticas. Crianças que são vítimas da violência também precisam receber cuidados #psicológicos.

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